Greve

Alguns trabalhadores da cidade de Toronto estão em greve já há dois dias reclamando por melhores benefícios. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores está um banco de horas para dias de licença saúde. Não que os funcionários não tenham direito a se ausentar. Na verdade, tem 18 dias dessa licença por ano. Só que querem que os dias que não forem usados sejam computados em um banco de horas que seria pago integralmente quando da aposentadoria ou fim do emprego do funcionário. Ou seja, se você tem direito a ficar 18 dias por ano doente e só ficar 9, pode receber mais 9 dias de salário quando da sua aposentadoria. Detalhe, você já terá recebido o salário normal por aqueles dias trabalhados.

Quem está se dando mal com essa estória é, mais uma vez, a população da cidade, que está tendo que se virar pra se livrar do lixo acumulado na porta de casa. Ou então quem depende das creches mantidas pela cidade e cujos funcionários também estão em greve (nem todos os funcionários municipais estão em greve, apenas um grupo que faz parte de um dos sindicatos existentes). Outros serviços, como balsa para a ilha de Toronto, aulas e atividades recreativas nos parques (que têm instrutores pagos pela cidade) também foram afetados.

Quem quiser afogar as mágoas por conta da greve pode ficar ainda mais chateado nos próximos dias, já que à meia-noite de hoje os funcionários do LCBO - loja que vende vinhos, destilados e cerveja aqui em Ontário - também ameaçam entrar em greve. Esta greve não está relacionada à outra, mas pode coincidir com ela. Hoje muita gente, principalmente donos de restaurantes e bares, correu pras lojas pra estocar a adega pro caso da greve realmente acontecer.

Pelo menos o transporte público - ainda - está funcionando.

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