Esperteza ?!?

A última das autoridades de transporte de Toronto é pra deixar qualquer um de cabelo em pé. Estão querendo cobrar pelo estacionamento perto das estações de metrô pra quem compra o passe mensal. Esse benefício ajudava quem morava longe de Toronto e deixava seu carro nas estações de metrô, sem precisar dirigir até o centro. Ganhava o motorista/passageiro e também a cidade de Toronto, já que diminuía o número de carros perto do centro.

Em meio a constantes campanhas pedindo ao povo que deixe o carro em casa e passe a usar o transporte público, essa nova decisão não tem muito sentido. O argumento da TTC (Toronto Transit Comission) é o de que os estacionamentos sempre estão lotados e mesmo assim dão prejuízo, já que são gratuitos para a maioria dos usuários (os que têm o passe mensal).

Não sei não, mas acho que o prejuízo será muito maior com a queda no movimento por conta daqueles que vão preferir dirigir até o centro e deixar o carro por lá do que pagar de $3 a $6 por dia no estacionamento e mais $110 pelo passe mensal.

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Cuidado com o presunto

Tá o maior escândalo aqui em Toronto com o caso do presunto contaminado, que já matou umas 6 pessoas (ou mais, não sei ao certo). As autoridades sanitárias encontraram uma bactéria poderosíssima em uma fábrica da Maple Leaf (uma Sadia ou Perdigão daqui, super famosa) e rapidamente mandou tirar de circulação vários produtos.

A empresa ainda mandou retirar outros tantos por precaução, mas como disseram que a pessoa pode passar mal até quatro meses depois de ingerir o produto contaminado, pode ainda ter muita gente por aí que comeu e ainda não sabe. Um horror. Na dúvida, vou comer só um pão com manteiga mesmo por enquanto.

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Cobertura olímpica

Com o tanto de tempo que levei pra colocar outro post aqui, acho que bati um novo recorde. Se não mundial, pelo menos olímpico, já que estamos em tempo de Olimpíadas. Foi mal e desculpem, mas como podem ver não posso garantir que o mesmo não vá acontecer de novo. Espero que não, mas nunca se sabe, hehe.

Por falar em Olimpíadas, até que estou gostando da cobertura dos eventos que estamos recebendo dos meios de comunicação canadenses por aqui. Claro que não tanto das transmissões pela TV aberta, mas sim do conjunto da obra.

Claro que não dá pra comparar com a cobertura brasileira, com tantos canais transmitindo quase que 24 horas por dia. Mas a diferença pra Olimpíadas como as de Barcelona, em 1992, ou Atlanta, em 1996, que também tinha acompanhado aqui, é bem grande.

O dententor dos direitos de transmissão dos jogos por aqui é a CBC, emissora pública mantida com o dinheiro vindo de nosotros, contribuintes ao fisco canadense. Se o pagamento das cifras milionárias necessárias para garantir os direitos de transmissão das Olimpíadas (e também da Copa, no caso da CBC) é um bom emprego do dinheiro público, aí já é uma outra discussão. Mas enfim, a CBC transmite seu sinal gratuitamente e qualquer um pode ver sua cobertura, desde que tenha uma TV e uma antena com bombril na ponta (ou uma TV melhor pra ver as transmissões em alta definição). A CBC em francês, ou SRC (Societé Radio-Canada) também transmite os jogos. Quem tem TV por assinatura ainda conta com as transmissões de eventos não cobertos pela CBC ou SRC, no canal TSN (ou sua irmã francesa, a RDS). Sem falar na NBC, dos Estados Unidos, que concentra suas transmissões em eventos com atletas daquele país.

Ou seja, como os canais nem sempre estão passando os mesmos eventos, sempre dá pra pular de um pra outro e ver diferentes provas.

Mas o que torna a cobertura mais atraente são os vários canais disponíveis nos sites da CBC e SRC. Quase em tempo real e com qualidade bastante razoåvel, é possível assistir o sinal direto de Pequim para outras modalidades que não estão sendo cobertas pelos canais tradicionais de TV. Assim, dá pra acompanhar até mesmo os principais atletas brasileiros - que normalmente nunca seria vistos nos tradicionais meios de comunicação que, claro, destacam mais os atletas daqui ou os grandes nomes do esporte mundial (quando não há canadense no evento). E o que é melhor (no meu ponto de vista): as transmissões pela Web não tem narração, somente o som ambiente do local da prova.

Nada de Galvão no meu ouvido. Ah, isso é que é cobertura olímpica!

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